Por José Joacir dos Santos
Todas as manhãs, antes do nascer do Sol, o faraó subia à parte mais alta de seu palácio para contemplar o amanhecer e o amarelo do sol no horizonte. Esse ritual era impecável e mobilizava todos os empregados e residendes naquele palácio. Ser convidado para estar pelo menos no andar de baixo, onde não se avistava o horizonte, era um privilégio e muitas pessoas daquela corte davam suas vidas pela oportunidade de estar ali. Em seguida, os ilustres convidados eram agraciados com um rico banquete. Naquele dia não foi diferente. Todo o clero estava aposto para a cerimônia em louvou do Deus Sol. Quando o faraó decidia permanecer naquele palácio para aquelas cerimônias, os empregados se revezavam e quase não dormiam. Tudo tinha que estar perfeito pela manhã.
Um dos sacerdotes, de olho no horizonte, notou que algo estava acontecendo e impedindo que o clarão do sol irradiasse toda a planície. Inquieto, sem distinguir o que acontecia, chamou a atenção daqueles mais próximos. Todos constataram que algo caminhava e não tinha as características de uma tempestade de areia, que ali as vezes acontecia. O faraó também percebeu. Antes de alguém pensasse em uma ação de emergência, ficou claro que paredões de água vinham na direção do palácio, uma onda atras da outra. Como assim, água? Confusas, as pessoas se perguntavam. Mas, sem tempo para nada, o paredão de água se lançou sobre o palácio, inundando tudo. A violência das águas venciam qualquer nadador. Os próximos minutos foram de desespero e morte. Não houve sobrevivente em um raio de 500 metros. Tudo pereceu debaixo da água.
O desastre ecológico foi de grandes proporções. Gradativamente, todos os templos ao longo do rio Nilo ficaram submersos. Naquela época, o Egito vivia ocupado e preocupado com a construção de monumentos, mausoleums, pirâmides e outras construções que inflavam os corações dos governantes e dos ricos. A escravidão humana havia tomado proporcões gigantestas. Energias contrárias se apoderaram de sacerdotes negligenciados e envolvidos com o poder e a luxúria. O povo havia sido guiado a se preocupar com o pós-morte, cheio de crenças, e não no momento presente. Suicídios e envenenamento eram práticas diárias nas disputas pelo poder.
Quando populações saem da frequência do momento presente, a energia dos lugares muda, abrindo espaço para o desequilíbrio através, de, por exemplo, desastres natuais especialmente com o elemento água: chuvas torrenciais, tsunamis, maremotos, inundações, enchentes. Os cinco elementos da natureza estão em sintonia com cada ser humano. Quem não lembra das ondas de ódio espalhadas pelo Brasil, antes da Covid chegar? Basta uma população, de algum país, sintonizar com o ódio para o planeta perder a frequência do equilíbrio ecológico. Olhe para os lugares em guerra no planeta e examine o que ocorre com a natureza naqueles lugares e influenciado outras partes do mundo. Não é difícil de perceber. Portanto, uma das soluções para combater os desastres naturais e as mudanças do clima é o pensamento amoroso.
O amor é o remédio. Por isso que o universo sagrado mandou o Mestre Jesus. O planeta havia atingido o limite de desastre através do ódio. Mas, atualmente, até o nome do Mestre Jesus está sendo usado em vão, para o enriquecimento ilícito, construção de grandes templos e campanhas políticas do ódio. E não há sinal visível no horizonte que o amor está vencendo a batalha.
30/01/2024, as 14:21h