Por José Joacir dos Santos (*)
Quando fui morar nos Estados Unidos tinha muitos objetivos práticos em mente. Um deles era descobrir a raiz próspera, abundante e mais próxima do Mestre Mikao Usui. Já contei essa história nos dois livros: Fundamentos da Terapia Reiki, primeiro e segundo volumes, ambos à venda em www.amazon.com.br.
Devida às facilidades que aquele país oferece para quem quer e tem condições financeiras de lutar, tive que me atualizar em muita coisa da vida real, por exemplo, aprender a utilizar ferramentas de programas de aplicativos e internet, que havia abandonado há tempos. Não foi fácil voltar à universidade e assistir aula com um computador nas mãos e lidar com ele e com o professor na frente dele. Não tive a oportunidade de ir devagar com isso. Ou ia ou ficava para trás. Mas uma coisa aprendi rapidamente há muitos anos: quem espera nunca alcança. Quem dorme demais perde a luz do dia.
Não havia muitos sites para pesquisa sobre Reiki, mas as dicas deixadas em livros e a informação oral ajudavam muito. Quando consegui penetrar no ciclo do Reiki e das terapias ainda chamadas de alternativas, minhas pesquisas ganharam velocidade. A maior dificuldade que o novo residente pode enfrentar naquele país é furar as barreiras e os ciclos que lhe interessam. Tem uma tal de história de crédito que tira o sono de qualquer um. Quem tem medo de enfrentar preconceitos, barreiras e racismo é melhor nem tentar porque o que tem de gente disposta a lhe derrubar é assustador. Talvez por isso que muitos brasileiros acabam tendo que fazer faxina ou voltar ao Brasil.
Quando os ciclos se abriram, a primeira coisa a aparecer foram os nomes dos prepotentes, falidos, falsos, enganadores e esquizofrênicos, aqueles que dizem ter canalizado informação do altíssimo deus do universo ou se autointitularem de profetas. Esses são fáceis de serem reconhecidos porque abaixo de suas habilidades já vem o número da conta bancária. Mas a ajuda dos ciclos de pessoas engajadas no assunto ajuda muito e deixa você livre para investigar. Foi o que eu fiz. Passei a investigar um por um dos mestres de Reiki, especialmente aqueles que vendiam cursos no Brasil. Por eles a gente rapidamente chega à ponta quebrada ou podre. Fazem muito sucesso no Brasil, mas são completamente ignorados em seu próprio pais pela comunidade séria e pelos ciclos sérios de estudo do Reiki.
Quando cheguei ao Mestre John Gray, com muitas dificuldades porque ele morava em um extremo do país e eu no outro, já tinha aprendido com minhas mestras brasileiras que iniciação à distância era impossível. O Mestre John me olhou como se tivesse diante de um menininho de seis anos de idade quando lhe perguntei se era possível a iniciação à distância e eu não afundei na cadeira porque ela era de madeira pura. Com o tempo e as práticas, já sob os ensinamentos do primeiro aluno ocidental da Mestra Takata, meu conhecimento tomou uma sólida formatação e a primeira coisa que me veio na cabeça foi fortalecer e renovar o conhecimento dos meus alunos.
Ë compreensível que algumas pessoas se aventurem a vender a ideia de que são poderosos o suficiente para fazerem iniciações de Reiki à distância. Elas não têm uma formação sólida, correta e ética. Todas aquelas que investigamos no Brasil (e nos EUA) e tentam esconder suas linhagens falsas acabam sendo descobertos e o motivo é bem simples: não são mestres. No início até que tentei conversar com alguns desses falsários, mas desisti diante da barreira de ignorância que elas demonstram já no primeiro contato.
Como não somos policiais universais, o melhor caminho é deixar que elas inchem seus carmas pessoais com essas falsificações, incluindo aí a responsabilidade pela vida espiritual das pessoas que compram seus falsos produtos. O livre-arbítrio é para isso mesmo. Os similares se atraem. Não cabe a nenhum de nós querer ser o bom samaritano e chegar até aqueles indivíduos para lhes dizer: olha, o caminho que está tomando é errado, as iniciações sagradas existem desde a origem dos tempos e todas elas têm que ser presenciais, feitas por mestres credenciados e atuantes. Há muitos indivíduos que até fazem o caminho correto, mas não nasceram com a função de mestre, acabam inventando coisas e esquecendo as práticas aprendidas.
Como nada na vida é por acaso, a Pandemia do Covid-19 veio como havia sido avisado e foi logo batizado de “ceifador”. Sim, veio para contaminar e tentar matar com uma grande fenda escura nos olhos para poder igualar todos os humanos, sem privilégio algum. Os números aparecem nas tvs todas as noites e mesmo assim não são suficientes para convencer aqueles que tem o terceiro olho bloqueado ou aqueles que a missão é exatamente defender as trevas.
Todos sabíamos que o ceifador viria para desmascarar, tirar da toda todos os criminosos, os falsários, as gangues, aqueles que teimam em viver no lado escuro da força e contribuir para o engrandecimento de seus magos negros, pela desonestidade. Não diziam que em algum momento da história humano não ficaria pedra sobre pedra? A hora chegou, com o Covid-19 e mais 16 outros que virão.
Recentemente, o que já era esperado, aconteceu. Um famoso mestre brasileiro, autor de vários livros de conteúdo questionável, veio a público dizer o que todos já sabíamos dele, mas alguns de seus seguidores negavam: pratiquem a iniciação à distância. O que ele não conseguiu entender, e talvez nunca entenderá, é que o tal paradoxo a que se refere em seus textos não se aplica às iniciações sagradas.
Essa ignorância vai levar muitos de seus seguidores a adoecer e a provocar o adoecimento espiritual de muitas pessoas. Vai contribuir para a difamação da Terapia Reiki quando as pessoas perceberem que tais iniciações não funcionam. Vai fortalecer aqueles grupos corporativos que tentam, de tempos em tempos, acabar com a legalidade das Práticas Integrativas de Saúde, na qual Reiki está incluído, dizendo que todos nós, mestres e terapeutas reikianos do bem, praticamos charlatanismo. O povão vai atrás dos blocos de rua barulhentos achando que aquilo é diversão. Não saberá distinguir o joio do trigo. Vai tentar o que é mais barato, embora pague, de imediato um preço elevado pela própria ignorância. Que contribuição positiva aquele mestre pensa que atingirá? O tempo dirá!
Como disse acima, não somos nem pretendemos ser policiais universais espirituais. Mas, não custa deixar, mais uma vez, um alerta àqueles que quiserem ver: os falsos profetas já estão no meio de nós há muito tempo. Eles não vieram e nem virão em naves espaciais brilhantes. Não têm e nem terão a bandeira com a cruz da inquisição. Serão os donos da verdade de suas próprias cabeças involuídas. (*) Mestre Reiki, Psicoterapeuta, Jornalista e autor de 08 livros até 24/07/2020