Tibete – Século VII – Há registro sobre esta técnica energética no Tibete desde o Século VII, escrito por um dos mais respeitados professores-monges de sua época, Tse Wang Rigzin. A Terapia Reiki, cujo nome em tibetano é Tsi Dup Yang Bod, é a mais antiga prática de cura proveniente da civilização Bör (ou Bon), que era a população nativa do Tibete (há registro dessa civilização pelo menos três mil anos antes de Cristo), anterior também à chegada do Budismo ao Tibete, vindo da Índia. O nome Reiki foi dado por Mikao Usui. Não fique surpreso se você perguntar a um japonês (nascido no Japão) sobre Reiki e ele disser que não conhece. Esta técnica de cura natural era uma prática comum na Marinha japonesa até a II Guerra Mundial, quando o Japão foi derrotado e os arquivos perdidos nas constantes mudanças de prédio. Nos primeiros anos depois da guerra, com a derrota do Japão, as práticas holísticas foram proibidas.
ONU-1983 – A Organização Mundial da Saúde, um importante órgão das Nações Unidas, recomenou a Terapia Reiki em 1983, mas o Governo Brasileiro e muitos outros, do mundo inteiro, nunca tomaram uma providência. O Brasil só veio a reconhecer essa terapia em janeiro de 2007. Foi uma iniciativa do Ministério do Planejamento e Gestão, através da Comissão Nacional de Classificação (Concla), criada pelo Decreto 3.500. Nela, Reiki é clasificado como Atividades de Práticas Integrativas, Serviços de Reiki.
ONU recomendou Reiki para o tratamento da dor em junho de 2007 – O documento “WHO Normative Guidelines on Pain Management” (”Diretrizes Normativas da OMS para o tratamento da dor”), publicado em Genebra em Junho de 2007, assinado pela consultora da OMS Prof. Neeta Kumar, página 33, do Anexo 5, a Organização Mundial da Saúde indica a Terapia Reiki para o tratamento da dor (assim como acupuntura, músicoterapia, fitoterapia, orações). Veja o documento, em inglês, no seguinte link:
http://www.who.int/medicines/areas/quality_safety/delphi_study_pain_guidelines.pdf
Atraso da Europa – O Brasil levou 24 anos para reconhecer a profissão depois da recomendação da ONU, mesmo assim ainda está na frente de muitos países, inclusive países europeus como Portugal, cujo governo simplesmente ignora esta técnica e as demais terapias holísticas, e por isso há muita desinformação e aproveitadores por lá, segundo inúmeros e-mails recebidos por esta Associação de cidadãos portugueses.
Falsificadores – No Brasil há indivíduos que trabalham dia e noite para falsificar a técnica, vendendo falsos certificados e prometendo iniciações à distância (que não existem), e “criadores” de sistemas que chamam de Reiki — o que é impossível. Esta técnica não é corruptível. Há sites internacionais que vendem diplomas de “mestre” e há pessoas no Brasil que adicionam a seus currículos essas “técnicas” sem jamais ter ido ao estrangeiro.
A Missão de Mikao Usui – O canalizador da Terapia Reiki como a conhecemos hoje, nasceu em 15 de agosto de 1865, numa vila próxima onde fica hoje a cidade japonesa de Nagoya. Ele teria frequentado uma Escola Budista Tendai, próxima ao Monte Kurama, que é sagrado para os budistas. De família com tradição samurai, Usui estudou profundamente medicina oriental, psicologia budista, religião, artes marciais e ervas como era a tradição cultural do seu povo na época, entre outros assuntos. Ele sabia que tinha uma missão e procurou dar um significado a ela. Teria viajado para a China e Tibete, onde certamente entrou em contato com várias técnicas da medicina tradicional chinesa e tibetana, que eram difundidas pelos centros budistas, taoístas e por mestres-monges-médicos-xamãs. Depois que a China invadiu o Tibete, centenas de tibetanos vivem hoje exilados em várias partes do mundo mas é na Índia, Nepal e na Nova Zelândia que se concentram as maiores comunidades, as quais cultivam as tradições orais e as terapias passadas de mão em mão como Reiki. De acordo com pesquisadores japoneses, Mikao Usui era missionário da religião Shinto, de origem budista, e o Monte Kurama, frequentado por ele para suas meditações, era vetado a não-budistas. Naquela época, cristãos também eram proibidos de entrar em templos Zen-budistas. Não há a possibilidade de Usui ter sido padre católico naquela época e naquele lugar. Seja qual for a história verdadeira da sua vida, o que importa é seu legado e a Terapia Reiki, atualmente em quase todos os países do mundo.
A iluminação de Mikao Usui
Dezoito séculos depois, em março de 1922, uma das meditações no Monte Kurama, que durou 21 dias, em jejum, cânticos e orações, uma forte luz branca desceu sobre ele, provocando um estalo imenso no seu cérebro, ao ponto de perder os sentidos, do mesmo jeito que aconteceu com Moisés – dos judeus. Quando acordou, viu por todos os lados as imagens dos símbolos Reiki em sânscrito e a nova modalidade da Terapia Reiki, desta vez de forma a ser transmitida para qualquer pessoa, mesmo aquelas que não tinham um treinamento de monge. Tinha alcançado a iluminação. Antes disso, há libros budistas que dizem que muitos monges foram literalmente queimados pelo fogo sagrado. Aos poucos ele testou, em si e nos outros, a força energética que sentia. Passou a ensinar o que havia recebido e a iniciar pessoas — porque no Oriente toda técnica de cura requer uma iniciação, inclusive artes marciais. Quando a pessoa atinge a iluminação ela passa a acessar os bancos de dados cósmicos.
A Sociedade de Mikao Usui
Em abril de 1922, o Mestre Mikao Usui fundou a Sociedade de Cura Reiki Usui (Usui Reiki Ryoko Gakkai), abriu uma clínica em Harajuku, subúrbio de Tóquio, e estruturou a forma de iniciação em quatro níveis, cada uma com o intervalo necessário para o aluno trabalhar o assentamento da energia e a abertura dos canais energéticos. Dos 19 mestres iniciados por ele, Hayashi foi o único a se preocupar em levar Reiki para o povo. A maioria deles era militar ou ex-militar e com a derrota da II Guerra Mundial essa estrutura se desfez, fazendo com que alguns fechassem as portas da Sociedade para ocidentais e até mesmo para japoneses. Se não fosse a Mestra Takata, Reiki teria desaparecido, mais uma vez.
Condecoração – Em 1923, o Mestre Usui foi condecorado pelo Imperador Japonês pelo seu trabalho de assistência social junto às vítimas do grande terremoto que assolou a capital japonesa — naquela época o Japão era muito pobre. O Mestre desencarnou em 09 de março de 1926 (quatro anos depois de ter recebido a nova versão dessa técnica milenar), deixando o legado da Terapia Reiki que continuaria com seus 20 mestres (Shihans), entre eles Chujiro Hayashi.
O Mestre Hayashi – famoso médico e oficial da marinha japonesa, vindo de família rica e influente, com clientes dentro da família real japonesa, Hayashi tinha uma clínica médica nos arredores de Tóquio, onde secretamente atendia e treinava alunos de Reiki. Fui lá que a Mestra Takata descobriu a técnica. Depois da morte de Mikao Usui ele fundou sua própria associação e viu na Mestra Takata a sua sucessora já que a esposa, iniciada mestre secretamente, não tinha condições de liderança, embora ela tenha ensinado Reiki depois da morte do marido.
A Missão da Mestra Takata – Reiki veio para o Ocidente pelas mãos de uma mulher, contrariando os hábitos japoneses da época, segundo os quais, além de mulher, Takata era estrangeira. Essa mulher foi a norte-americana Hawoyo Takata, filha de imigrantes japoneses que vieram para as ilhas que formam o Havai (Hawaii), no Oceano Pacífico, pertencente aos EUA, trabalhar nas plantações de cana-de-açúcar. Nessa época, o Japão era muito pobre e os japoneses entravam nos navios em busca de dias melhores em outras terras, inclusive no Brasil.
Takata nasceu na ilha de Kauai, uma das muitas ilhas do Havai, na véspera de Natal de 1900. Dos 12 aos 14 anos ela trabalhou com adultos no plantio de cana-de-açúcar e passou por outros empregos até trabalhar para uma escola, por 24 anos. Casou com Saichi Takata e teve duas filhas. Ele morreu com 34 anos e ela adoeceu seriamente em 1935 — a dureza da vida nas plantações de açúcar. Uma semana depois da morte do marido, a irmã faleceu. Os pais já tinham retornado ao Japão. Takata guardava as cinzas do marido para enterrar no Japão como ele tinha pedido e foi para o Japão.
Ela tinha sido diagnosticada pelos médicos norte-americanos como sendo portadora de tumores, pedra nos rins, apendicite e asma. Depois que depositou as cinzas do marido no Japão, Takata decidiu procurar um hospital para ser operada. Depois dos procedimentos e enquanto esperava sua vez, Takata fechou os olhos e meditou. De repente ouviu uma voz dizendo: “Essa cirurgia é desnecessária”. Ela levou um susto, abriu os olhos, olhou ao redor e não viu ninguém. Tornou a fechar os olhos e a voz e ouviu novamente a voz. Ainda teimou e a voz aumentou o tom dizendo que falasse com o cirurgião. Ela saiu da maca, procurou o cirurgião e perguntou: “o senhor conhece outro tratamento que eu possa tentar?”. O cirurgião argumentou que ela tinha pouco tempo e a idade, mas finalmente disse que conhecia alguma coisa que talvez ela pudesse tentar. O cirurgião então chamou a irmã dele, apresentou a Takata e foi levada à clínica do Dr. Hayashi, que era médico cirurgião. Na clínica do Dr. Hayashi, ela foi tratada pela aplicação de energia, e um certo dia pediu para ser iniciada naquela técnica, achando que era um procedimento médico que ela não conhecia. Os alunos tentaram convencê-la que era impossível porque ela era mulher. Numa dessas conversas, o Mestre Hayashi ouviu e interferiu. Explicou que aquela mulher não era japonesa e na terra dela (Estados Unidos) as mulheres eram “diferentes”, quer dizer, tinham direitos iguais aos homens, podiam falar. Ele pediu permissão à associação fundada por Usui, chamada Reiki Gakkai, para iniciar Takata, que também fez os treinamentos necessários em sua clínica — era uma clínica médica e ele aplicava Reiki e treinava alunos secretamente. Há quem diga que Hayashi teve que sair da associação (que ainda existe e que ainda é muito secreta no Japão, inclusive não-aberta para estrangeiros), e pagou caro por ter ido para o Hawaii com o objetivo de treinar e iniciar a Mestra Takata. Hayashi desejava que Reiki fosse uma técnica de alcance popular e não restrita como queria a sociedade fundada pelos demais mestres iniciados por Usui.
Em 1937, Takata fez o mestrado com o Dr. Hayashi, após um ano de treinamento intenso com o Dr. Hayashi em uma clínica em Honolulu, capital do Hawaii, onde havia aberto clínica para tratamento e ensino da Terapia Reiki. Os dois trabalhavam juntos e o sucesso era tão grande que Takata teve que abrir uma segunda clínica.
A necessidade de conhecimento – Trabalhando como intérprete na Califórnia, Takata resolveu estudar e em 1938 completou estudos feitos na National College of Drugless Physicians, em Chicago, inclusive de anatomia. Em 1939 ela abriu, juntamente com o Dr. Hayashi, uma clínica de Reiki na Ilha Grande, Hawaii.
Alunos na Califórnia – A mestra Takata iniciou 22 mestres, japoneses e norte-americanos, por volta de 1970, e fez inúmeras viagens ao Estado da Califórnia (EUA), onde ministrou cursos, inicialmente organizados pelo ex-servidor da Marinha norte-americana, John Gray, seu terceiro aluno de mestrado na Califórnia e que a conheceu quando servia no Hawaii, e sua mulher Bete Gray — que era reverenda evangélica. A Honrada Mestra faleceu em 1980.
Lista de Mestres Reiki iniciados pela Mestra Hawayo Takata
George Araki, Dorathy Baba, Ursula Baylow, Rick Bockner, Patricia Bowling, Barbara Brown, Fran Brown, Phyllis Lei Furumoto, Beth Gray, John Harvey Gray, iris Ishikuro, Harry M. Kuboi, Ethel Lombardi, Barbara Lincoln McCullough, Mary Alexandra McFadyen, Paul Mitchell, Bethal Phaigh, Shinobu Saito, Virginia W. Samdahl, Wanja Twan, Barbara Weber, Kay Yamashita. Veja a história de cada na janela 22 Mestres.
Mestres John Harvey Gray e o Mestre Joacir, fundador da AMETEREIKI