Por Luis Gustavo Umeno, Mestre Reiki (Brasília, DF)
Em junho de 2007, conheci uma senhora (vamos chamá-la de Ana) em São Paulo que estava em depressão desde 2005. Depois do falecimento da sua irmã, com quem morava junto e a quem era muito apegada, Ana começou gradativamente a se fechar. De uma pessoa superativa, referência de animação em sua família, Ana passou a ser uma pessoa “morta”. Passava meses isolada dentro de casa, mal comia e chegava a ficar dias sem tomar banho. Frequentou psiquiatras e começou a tomar remédios para enfrentar um quadro de depressão e transtorno obsessivo compulsivo (TOC), desenvolvido ao longo do seu período de isolamento. Mesmo cercada pela família mais próxima, Ana não respondia ao tratamento psiquiátrico, as doses de remédio aumentavam e o quadro só piorava. Durante um jantar em sua casa, no ano de 2007, conheci a situação que ela estava vivendo. Era curioso olhar para ela… não sei como descrever, mas seus olhos não tinham vida e seu olhar era sempre meio perdido. Nesse dia, ela me contou pelo que passava e que agora também tinha desenvolvido umas dores no braço, aparentemente sem explicação. No meio da nossa conversa eu ofereci fazer uma oração, acompanhada por uma técnica de Reiki conhecida por Reiju. Apesar da atitude desanimada, de pronto ela aceitou. Subimos ao segundo andar da casa onde se encontrava um pequeno altar de culto aos antepassados. Nesses altares, os japoneses costumam oferecer comida diariamente aos seus familiares já falecidos. Eu perguntei se ela se importaria de fazermos a técnica de Reiki com ela sentada de frente para o altar e ela me deu o seu consentimento. Fiz uma prece inicial e me preparei para fazer o Reiju. Nesse momento senti calafrios pelo corpo todo, sensação típica experimentada ao nos aproximarmos de entidades espirituais sem Luz. Apliquei o Reiju em Ana e finalizei com uma prece pedindo que Deus intercedesse para trazê-la de volta a vida. Ao terminar, ela parecia tranquila, mas relatou não ter sentido absolutamente nada. Descemos para reencontrar as outras pessoas do jantar e eu fui embora com as pessoas que me levaram lá. Passado um mês, eu comecei a telefonar para a casa de Ana e a ligação só caia na secretária eletrônica. Parecia que a pessoa não morava mais lá. Um pouco preocupado, entrei em contato com a família dela e fiquei sabendo que ela não parava mais em casa e que agora estava fazendo curso de idiomas, dança e frequentando reuniões e passeios da terceira idade. Continuei acompanhando o seu caso e fui informado que o seu psiquiatra gradualmente retirou os remédios e ela retomou a sua vida normal. Não são raros os relatos de pessoas que recebem tratamento com terapias energéticas e conseguem superar episódios de depressão em suas vidas. Penso que a depressão tem causas e efeitos físicos, psicológicos e espirituais. A terapia Reiki tem se mostrado bastante eficaz como complemento ao tratamento (médico e psicológico) especializado dessa enfermidade.