Por Lourdes Gray
Embora muitos praticantes saibam que Hawayo Takata trouxe Reiki para o Ocidente e foi responsável pela expansão do sistema, poucos sabem que ela estudou nutrição (e anatomia). Não só usou Reiki como prática de cura mas também usou alimentação como remédio. Ela também utilizou psicologia em seu trabalho, não como conhecemos na prática clínica mas como forma de persuadir o bom senso. Takata dava aula de Reiki contando histórias aos alunos. Frequentemente ela contava histórias de cura combinando Reiki e alimentação. Takata sempre dizia: “Reiki é causa e efeito… Remova a causa e não haverá mais efeito”. Takata acreditava que muitas das doenças dos clientes eram causadas por suas próprias dietas. Ela acreditava que a raiz das doenças era o excesso de acidez no corpo…, incluindo doenças respiratórias, cardíacas e epilepcia. Ela não só aplicava Reiki nos seus clientes diariamente mas também fazia recomendações alimentícias, as quais, se seguidas corretamente, poderiam restaurar o equilíbrio entre acidez e a alcalinidade do corpo. Uma das mais conhecidas receitas alcalinas para o corpo é sua famosa “salada gratinada”. Essa salada consiste de partes iguais de beterraba, couve-flor e repolho, tudo ralado e cru. Pedaços de maçã são adicionados para melhorar o sabor. O molho pode ser feito de qualquer coisa desde que não contenha nenhum laticínio (ela já sabia do problema da lactose para o trato digestivo). Ela dizia que beterraba limpa o sangue, que couve-flor fortalece os ossos, que repolho alcaliniza todos os sistemas (e isso é provado na Medicina Chinesa). Takata frequentemente recomendava essa salada para clientes com repetidos processos de acidez. Ela também recomendava suco de limão com água sem açúcar nas refeições. “Adicione um pouquinho de sumo de limão à água… não muito”, dizia. Takata advertia contra a ingestão de laticínios. Ela dizia: “Laticínios só devem ser ingeridos por pessoas que não tenham problemas digestivos/estomacais”. “Beba leite de soja”. Ela recomendava leite de soja como substituto aos laticínios. Takata dizia que laranja e abacaxi eram muito ácidas (e as do Hawaii são demais!). Ela dizia que os plantadores de abacaxi (japoneses eram os plantadores daquela época no Hawaii), mesmo usando luvas, queimavam a pele com a acidez do pé de abacaxi que pingava fora das luvas. Ela dizia que os ocidentais comiam muita açúcar. Ela também recomendava que pessoas acima dos 50 deveriam ficar longe de tudo que é açúcar. Açúcar faz muito mal aos sistemas físicos. Ela dizia aos casais que queriam ter filhos para ficar longe de suco de laranja e de abacaxi. Para substitui-los, dizia, “beba sumo de limão e suco de grapefuit (espécie de laranja que não existe no Brasil). Takata dizia que o sistema digestivo era o “motor geral do corpo” (ela estudou Anatomia em Universidade da Califórnia). “Se você quer funcionar bem, então precisa fazer tudo funcionar bem”. Quando dava demonstração da prática de Reiki, ela sempre começava pela parte da frente do dorso, sobre o sistema digestivo. As quatro primeiras posições. As mesmas quatro posições que o Mestre John Gray ensinava, conhecidas como “o primeiro padrão”, são as bases do tratamento com Reiki (do mesmo jeito que o Mestre Joacir ensina hoje). Isso faz muito sentido já que a energia é enviada primeiro profundamente para os órgãos digestivos internos. Como Takata trabalhava primeiro e sempre com as “bases do tratamento”, ela também transmitia energia para o Baço (que também faz parte da digestão na Medicina Chinesa). O Baço é considerado na Medicina Chinesa como a fonte de energia do Chi (qi) pós-natal. Ele é um dos principais produtores de energia do nosso corpo físico. Com os anos, houve uma certa confusão sobre onde Takata começava o tratamento: no torso ou na cabeça? Muitos mestres Reiki, mesmo aqueles que seguem Takata, ensinam seus alunos que o tratamento deve começar na cabeça porque eles pensam que Takata começava pela cabeça. Isso é incorreto. Takata sempre começava com o que ela chamava de “base do tratamento” que é a parte da frente do torso (abaixo do peito e acima do umbigo). Depois de completar o tratamento na “base”, aí, sim, Takata ia para as posições da cabeça. Em seguida, o trabalho era feito nas costas (até o tronco da espinha, parte de trás dos joelhos e pés). O sucesso de Takata ajudando às pessoas a se curarem é normalmente atribuído somente as suas habilidades com Reiki e com o poder de canalização do Reiki. O que pouca gente sabe é que ela também usava alimentação como medicina e se envolvia completamente com a nutrição do cliente. Ela dava o mesmo valor à alimentação e ao Reiki. (Tradução de José Joacir dos Santos, iniciado por John Gray)