Por José Joacir dos Santos
Com o objetivo de descansar o corpo para reativar as energias no dia seguinte, o ser humano dorme, assim como grande parte dos animais e plantas. O espírito aproveita o mergulho na escuridão do corpo para viajar para outras dimensões, internas e externas. As dimensões internas, captadas pelos sonhos, são atreladas à memória celular física, genética ou gravadas pelos sentidos na grande fita magnética que identifica cada ser humano através da audição, fala, respiração, visão e tato. Algumas pessoas dizem não se recordar dos sonhos, mas isso pode ser um comando oculto dado por elas mesmas para não acessar o banco de dados do passado ou não reassumir o compromisso eterno com a luz do futuro.
Aqueles mais sensitivos são capazes de abrir a porta dos sete corpos, sair em viagem astral e trazer para o corpo físico a memória de experiências muitas vezes não compreendidas a nível consciente, mas que faz parte da dimensão espiritual eterna da própria pessoa. De uma forma ou de outra, a energia é o elemento de ligação e a luz é a forma de expressão. Enquanto o olho físico descansa, o espírito é capaz de “ver” cores jamais imaginadas e materializadas pela indústria das tintas e com isso acessar informações preciosas e distintas.
Ao acordar, o olho abre-se para a luz do dia e em milésimos de segundo é capaz de trazer a memória das imagens gravadas pela pessoa como uma preciosa bússola, proporcionando ao usuário a sensação de tempo e espaço, recordando que a vida recomeça a cada vez que isso acontece. Observamos que todos os seres, de plantas a animais, passam pelo mesmo processo porque a luz solar é a chave que abre o centro da memória e as cores a linguagem dela. Quem pode controlar a alegria dos pássaros nos primeiros raios de Sol? E as plantas que abrem suas flores quando a luz percebida não é ainda reconhecida pelo olho humano? Os monges budistas tibetanos iniciam suas práticas antes do nascer do sol para aproveitar a linguagem invisível dos primeiros raios solares do dia. Até os astronautas são incapazes de descrever as coisas que veem com aparelhos no espaço sideral, embora a ciência já tenha convencionado e possa medir os seguintes raios de luz contidos na luz solar, na ordem hierárquica de cores, visíveis (violeta, índigo, azul, verde, amarela, laranja e vermelha) e invisíveis (raios-cósmicos, raios-gama, raios-x, ondas curtas de infravermelho, infravermelho, ondas de rádio e ondas elétricas.
A luz é necessária para que os órgãos internos do corpo trabalhem propriamente assim como toda a vida no Planeta Terra depende completamente do Sol para viver. Na medida em que o Sol nasce e evolui sobre a face da terra, há um festival de cores efetuando um trabalho silencioso de restauração e construção, o qual ativa o código secreto implantado em todo ser, do nascer passando pelo morrer até o renascer. Sem luz o corpo físico enfraquece e morre porque perde o brilho das cores de todas as células, o qual só é renovado com a luz do curador universal: o Sol. Somos capazes de manipular a eletricidade, colocá-la em tubos e fios e materializar a luz. Embora a fonte dessa luz seja a mesma que dá a vida à Terra, a luz artificial é prejudicial à saúde porque não conserva o espírito do Sol. Como filhos do Sol, somos capazes de transmitir energia sem perder a essência do código divino da saúde, através das mãos.
O uso terapêutico da luz é reconhecido por todas as culturas humanos, até as mais fechadas. O médico alemão Christoph Wilhelm Hufeland (1762/1836), autor do livro Macrobiotics, escrito em 1796, diz: “até o ser humano torna-se pálido, fraco e apático se privado da luz do sol” e chega a perder a energia vital como prisioneiros e pessoas sequestradas por longo período. No final dos anos 70, Martinek e Berezin chegaram à conclusão de que as cores do Sol ativam em até 500% as enzimas do corpo humano. Em 1991, o médico norte-americano Jacob Liberman lançou o livro “Luz, a Medicina do Futuro”, e foi completamente ignorado até por seus colegas de profissão porque reconhecer esse trabalho significaria parar de negar a transmissão da luz pelo ser humano. Nesse livro ele fala de um assunto que era tido, como todas as terapias na época chamadas holísticas, como não-científico e que hoje faz parte do dia-a-dia de hospitais de várias partes do mundo: o estudo da íris. A glândula pineal, que é diretamente relacionada aos estímulos da visão, era vista como sendo o centro da loucura humana, embora René Descartes (1596-1650) tenha descrito essa glândula como sendo “o trono da alma”. Como todo físico, Descartes enveredou na pesquisa sobre o espírito e em 1628compôs as Regulae ad directionem ingenii (“Regras para a Direção do Espírito”). Segundo texto publicado na Wikipédia, Descartes pagou caro por desafiar a poderosa Igreja Protestante da sua época e “como um católico num país protestante, ele foi enterrado, em 1650, num cemitério de crianças não-batizadas” porque a igreja não reconhecia, como ainda hoje titubeia para reconhecer que é o espírito que conduz a luz da vida.
Em janeiro de 2007, o Brasil dá um passo na frente de muitos países até do chamado primeiro mundo e reconhece a terapia Reiki como profissão, trazendo à superfície legal milhares de brasileiros que trabalham com a transmissão da energia para fins terapêuticos. Em outubro de 2007, a Associação Norte-Americana do Câncer de Tireóide realizará um seminário nacional na cidade de Redwood, EUA, onde a terapia Reiki será apresentada como auxiliar na prevenção e no combate ao câncer da tireóide e o autor deste texto é convidado para o evento. Simultaneamente, o estado norte-americano da California investe pesadamente na energia solar para todos os fins porque os cientistas californianos já sabem que é essa a única fonte de energia capaz de permanecer disponível diante de qualquer tipo de catástrofe que possa acontecer nos anos que vão vir, sejam ou não verdadeiras as profecias espiritualistas sobre as transformações terrestres do terceiro milênio.
Não era à-toa que faraós e deuses indígenas latino-americanos se chamavam filhos do Sol – eles sabiam que a luz e a energia transmitida pelo ser humano é preventiva contra doenças, de Reiki ao Passe Magnético, sempre com a imposição das mãos e a intenção da saúde. Apesar da demonstração de ignorância das sociedades de todas as épocas, esse conhecimento sempre esteve guardado em nossas células e o universo de vez enquanto nos faz lembrar de onde vinhemos e para onde vamos através das sete cores do arco-íris pintadas geometricamente no horizonte. Quem pratica Reiki sabe como fluem essas cores pelos nossos centros de força, como se os arcanjos jogassem os seus raios lá do infinito do céu sobre nossas cabeças, assim como o Sol é pintado desde o começo dos tempos ao redor da cabeça de Jesus. Qualquer praticante de Reiki sabe como a luz flui pelo corpo, reconhece imediatamente os pontos fracos do nosso organismo e passa a lançar rajadas de luz restabelecedora da memória da vida, independente do tempo e do lugar em que é praticado. O mais interessante é que as terapias energéticas não precisam provar nada: quem tem dúvidas é só subir na maca! Independentemente das correntes de força contrárias, esse é o nosso destino: saudáveis filhos do Sol! (*) José Joacir dos Santos é jornalista e doutor em psicologia oriental jjoacir@gmail.com